Recentemente, a Revista Brasileira de Saúde Suplementar (RBSS) publicou um artigo sobre um estudo realizado com alguns gestores de operadoras de saúde em relação ao cuidado centrado no paciente.
Identificou-se no mercado, que alguns desafios como, questões relacionadas à qualidade dos serviços, reajustes de mensalidades, sustentabilidade financeira das operadoras, envelhecimento da população, a crescente demanda por serviços de saúde digital e a busca por modelos de atenção mais integrados têm impulsionado mudanças no setor.
Essa abordagem reforçou o reconhecimento da importância de envolver ativamente os pacientes e seus familiares nas decisões relacionadas com a saúde dos beneficiários, adaptando o cuidado às necessidades específicas dos pacientes. Nesse contexto, a maior efetividade do sistema de saúde suplementar está relacionada à adoção de uma prática voltada para a integralidade do cuidado, com um modelo de gestão que requer a adoção de critérios assistenciais alinhados com as necessidades efetivas das pessoas atendidas e com os preceitos de cuidado centrado no paciente.
Esse modelo leva em consideração o indivíduo como um todo, incluindo sua história médica, contexto social, emocional e cultural. Isso implica em uma abordagem mais holística e personalizada, onde o paciente é visto como um parceiro ativo na tomada de decisões sobre sua própria saúde. A conscientização sobre a própria saúde é essencial, assim como a necessidade de educar os pacientes sobre a importância do
autocuidado. O cuidado centrado no paciente pode melhorar a eficiência e reduzir custos a longo prazo.
Os resultados das entrevistas sugerem que há dificuldades significativas para a adoção do cuidado centrado no paciente e elas estão relacionadas à estrutura do modelo de saúde suplementar, baseada no sistema estadunidense, que foca na especialização e no tratamento de doenças, o que dificulta a adoção de uma abordagem voltada para a promoção de saúde e prevenção de doenças.
Concluiu-se que apesar das barreiras significativas para a implementação efetiva do cuidado centrado no paciente, é necessária uma mudança cultural dentro das organizações de saúde, bem como uma abordagem integrada que abranja todos os aspectos da gestão de saúde, desde a formação médica até a integração de sistemas de informação. O estudo também destaca a importância da experiência e liderança dos gestores na promoção da mudança organizacional e apresenta medidas implementadas para alinhar as práticas das operadoras de saúde com os princípios do cuidado centrado no paciente.
Esse artigo reforça que estamos no caminho certo. Cuidado Centrado na Pessoa é nosso objetivo.